04 março, 2008

Diga me com quem andas...

Segue a mensagem que enviei à secretaria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores e ao presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, por sugestão do Reinaldo Azevedo.

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heraclito.fortes@senador.gov.br

Subject: Apoio do Brasil a terroristas e seus facilitadores

Ao Ministro Celso Amorim, Ministro das Relações Exteriores,
Ao Senador Heráclito Fortes, Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado,

É injustificável a postura do governo brasileiro em censurar o governo da Colômbia pela ação que resultou na morte de Raul Reyes, segundo em comando das FARC.

O propósito de um governo, aquilo que o dá legitimidade, é a defesa dos direitos à vida, liberdade e propriedade de seus cidadãos. Este mesmo critério é o que faz de uma ação governamental legítima ou ilegítima. As FARC são uma organização terrorista, que faz do atentado contra a vida e liberdade de cidadãos colombianos e estrangeiros moeda política. As FARC são também uma organização criminosa, que tem no tráfico, no sequestro e na extorsão suas fontes de receita.

Com base nestes fatos, todos inegáveis, a ação do governo colombiano é legítima por natureza. Trata-se da execução de sua única função legítima: a proteção do cidadão colombiano contra violação de seus direitos individuais. Esta função não está subordinada a quaisquer acordos ou cortesias internacionais.

Fosse o atual governo do Equador um regime preocupado em eliminar esta organização terrorista e criminosa, a invasão de seu território seria de fato uma grave descortesia - embora mesmo assim a ação não seria ilegítima. Mas o atual governo do Equador se porta como facilitador das FARC, se é que não as apóia ativamente. Ao colocar-se como tolerante à violação da vida, liberdade e propriedade praticados pelas FARC o governo do Equador torna-se ilegítimo, a questão da soberania irrelevante.

Ao censurar o governo Colombiano por agir na defesa de seus cidadãos, o Brasil se alia a terroristas, criminosos e seus facilitadores. Coloca as cortesias diplomáticas acima daquilo que é a própria natureza e fundamento de qualquer governo: defender os direitos individuais de seus cidadãos.

É uma postura deplorável, que me envergonha profundamente por meu país.

Pedro Carleial