A eleição presidencial de 2006 será um marco na história política do Brasil, será uma medição confiável do “QI político” do povo brasileiro. Ou será confirmada a tendência de sofrida melhoria da capacidade de julgar de nossos compatriotas – indicada por fatos políticos como o impeachment de Fernando Collor de Mello e o tardio ostracismo de Paulo Maluf – ou ficará marcado o dia em que caímos, de novo, frente ao populismo e à ignorância.
Por mais que programas de governo, reformas e idéias novas sejam importantes o tema desta eleição é um só: derrotar Lula. Quaisquer outras considerações são secundárias, a rejeição incondicional do governo Lula, do PT e do que eles representam hoje na política do país é fundamental.
Reeleger Lula, após seu governo ter documentadamente promovido o maior sistema de corrupção já instalado neste país, é confirmar que ética não é importante – pois Lula e seus conselheiros mais próximos já deram extensa evidência de que para eles nada importa além de conquistar e manter o poder.
Reeleger Lula, após seu fracasso em realizar qualquer mudança significante na política, economia ou no judiciário, é confirmar que resultados não são importantes – pois o governo do PT conseguiu não realizar nada embora tenha sido eleito com um mandato popular para reformar este país.
Reeleger Lula, após ter o visto dando a bênção a países estrangeiros que roubam as posses de brasileiros e se alinhando política e economicamente com os golpistas e ditadores de plantão na América Latina, é confirmar que não se está preocupado com nosso país nem com nossa liberdade. É o suicídio de uma nação.
A reeleição de Lula seria um desastre cujas conseqüências políticas e econômicas para os brasileiros não se limitariam às novas falcatruas e eventuais planos econômicos mirabolantes que seu governo viesse a tentar – o maior efeito seria o sentimento justificado de derrota de todos aqueles que achavam que nosso país tinha solução.
Você pode não gostar das alternativas que temos – eu certamente não gosto – mas você precisa fazer todo o possível para que Lula seja derrotado. Vou votar em Geraldo Alckmin não por concordar com o projeto Social Democrata do seu partido, mas porque dos males entre os quais temos de escolher ele é de longe o menor.
O Socialismo é parasita por natureza. Geraldo Alckmin pelo menos percebeu que para o parasita viver, ele não pode matar o hospedeiro. Suas propostas de redução de impostos não são baseadas na identificação principiada de que imposto é roubo, nem no entendimento econômico de que distribuição de riqueza pela força sempre torna todos mais pobres no longo prazo – mas no momento alguém disposto a fazer a coisa certa pelos motivos errados está mais do que bom.