Como esse dinheiro teria de ser arrecadado em impostos, tomado emprestado pelo governo (de quem, se está todo mundo quebrado?) ou inventado (o governo pode simplesmente imprimir dinheiro, não esqueçam!) o fracasso desse plano foi muito bom.
Ontem falhou a tentativa de fazer os outros pagarem por seus erros diretamente através de impostos (se os 700 bi viessem da arrecadação) ou inflação (que é o resultado do aumento do déficit do governo ou da invenção de dinheiro do nada).
Qual a idéia de hoje? Aumentar a parcela dos depósitos em banco que o governo americano garante através da FDIC - Federal Deposit Insurance Corporation. Em vez de 100.000 dólares, o governo pagaria 250.000 para cada correntista caso o banco falisse.
Genial, não é? A crise foi causada porque os bancos e agentes de empréstimos assumiram riscos demais emprestando para gente que não podia pagar. A solução proposta agora é aumentar a responsabilidade do governo em cobrir os riscos dos bancos.
Com a tranquilidade de que o governo salvará seu dinheiro em caso de falência, o investidor buscará riscos maiores ou menores? Isso vai diminuir ou aumentar os riscos assumidos pelos bancos?
Essas idéias idiotas vão continuar surgindo, uma atrás da outra. Como agora o fato de que o dinheiro do governo vai estar pagando pelos erros dos outros ficou mascarado, é capaz de esta ser aprovada.
O certo, nesse caso, seria fazer exatamente o contrário: cancelar todas as garantias governamentais FDIC para depósitos feitos a partir de hoje. Este seria um dos pontos de uma reforma financeira capaz de resolver o problema atual e garantir que não ocorra novamente a mesma coisa.